Atreve-te a descobrir a Igreja.
Este ano letivo vamos centrar-nos nas orientações que Sto. Inácio propõe, no final dos Exercícios Espirituais: Sentir com a Igreja, isto é, sentirmo-nos parte da Igreja.
“De facto, num só Espírito, fomos todos batizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.” 1 Co 12, 13.
Esta ideia de comunidade, de comunhão, que podemos ler na primeira carta aos Coríntios é a chave que nos guiará neste ano letivo. Todos, com os nossos dons e virtudes, somos chamados a viver com os outros. A fé, para além de ser uma experiência pessoal, tem uma dimensão comunitária da qual não se pode separar, tem um carácter essencialmente eclesial. Hoje em dia, a imagem da Igreja está carregada de preconceitos. Queremos quebrar com estes preconceitos e aproximarmo-nos da realidade das pessoas que a formam.
A vivência em comunidade tem um fundamento, uma base que queremos destacar, a experiência pascal. Os primeiros amigos de Jesus, viram como deu a vida por nós e ressuscitou vencendo a morte. Esta experiência, conduz a uma profunda transformação dos primeiros discípulos, no dia do Pentecostes. Passar pela experiência de morte-vida-envio consolidou, a sua fé, em bases muito sólidas e tornou a palavra e o exemplo de Jesus como projeto de vida a seguir.
Habitualmente encontramo-nos num contexto onde a superficialidade nas relações é predominante. Queremos mostrar que o tipo de relações em que apostamos, dentro da Igreja, são relações de profundidade. Uma profundidade que aponta para uma maneira de nos relacionamos com os outros baseada no amor, na liberdade, no respeito, na confiança, na alegria, no perdão…naquilo que é essencial à vida das pessoas. Para além, disso, queremos valorizar as relações que se criam nas nossas “Igrejas mais locais”. Aquelas em que participamos no nosso dia-a-dia. Queremos mostrar o nosso Colégio como Igreja, a nossa comunidade paroquial, a nossa família. Convidamos-vos a descobrir estes “lugares”, em que partilhamos a nossa vida, em que procuramos espaços de cura, de reconciliação, em que caminhamos para uma direção comum. Esta visão mais local da comunidade não pretende afastar-se da Igreja universal, apenas quer dar destaque ao que está próximo.
Outra dimensão, da nossa Igreja, que queremos trabalhar é a da missão. Somos chamados a colocar os nossos dons, a nossa vida, ao serviço dos outros. A Igreja a que pertencemos assume que vivemos num mundo dividido, mas perante esta situação revela-se contra as injustiças com o intuito de tornar o mundo um lugar melhor. Para alcançar, este objetivo, pensamos que a chave está na transmissão de esperança.
Gente de Esperança, é o nosso tema do ano.