Some of the data collected by this provider is for the purposes of personalization and measuring advertising effectiveness.
Não utilizamos cookies deste tipo
Some of the data collected by this provider is for the purposes of personalization and measuring advertising effectiveness.
Some of the data collected by this provider is for the purposes of personalization and measuring advertising effectiveness.
Não utilizamos cookies deste tipo
Foram publicados no passado dia 17 de dezembro os rankings das escolas, e o Colégio de S. João de Brito, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, revelou uma muito boa prestação neste indicador (Público e Correio da Manhã – 6º lugar; Jornal i e Expresso – 5º lugar; Observador – 3º lugar). É justo que toda a comunidade educativa – reforço o quantificador “toda”, pois é um trabalho efetivamente de todos – se congratule com os resultados obtidos pelos nossos alunos nos exames nacionais, e é na sequência destes resultados que vos venho aqui deixar palavras de reconhecimento e de felicitação pelo trabalho desenvolvido.
Todavia, não esqueçamos que os rankings são apenas um indicador. É, sem dúvida, o mais mediático, mas não deve ser o mais importante para nós. O nosso ranking está definido nos vários documentos da Pedagogia Inaciana e é esse que nos deve orientar. O Padre Kolvenbach descreveu o aluno que completa a sua formação numa escola jesuíta como alguém que é «bem equilibrado, intelectualmente competente, aberto ao crescimento religioso, com capacidade de amar e comprometido através da justiça no serviço generoso do povo de Deus». À luz deste nosso ranking jesuítico, a publicação anual dos rankings de desempenho académico no nosso país é extremamente redutora, já que ignora em absoluto aquela formação humanista integral, mas revela ainda outro problema, talvez até mais grave por ser mais global: o de que a sociedade portuguesa continua obsessivamente centrada nas inteligências clássicas (sobretudo as lógico-matemáticas e as linguísticas), mensuráveis objetivamente através de exames, ignorando aquilo que tem vindo a ser definido como sendo as competências fundamentais para o século XXI por importantes instituições, como a UNESCO ou o Fórum Económico Mundial.
Apesar destes desencontros e de se tratar apenas de um indicador entre outros, o ranking das escolas existe, tem um grande impacto na sociedade e, por isso, deve continuar a ser uma preocupação nossa. Mas apenas na medida em que concorre para o mesmo fim preconizado pela Pedagogia Inaciana e em que acompanha os novos desafios educativos que a sociedade lança aos educadores. Fora deste enquadramento, o ranking tem um valor nulo.
Em poucas palavras, animemo-nos com estes bons resultados académicos a manter a vitalidade do nosso Projeto Educativo, sendo fiéis àquilo que mantém o Colégio de S. João de Brito uma obra válida da Companhia de Jesus e assumindo o risco de inovar pedagogicamente para podermos ir ao encontro do que a cada vez mais exigente sociedade espera dos nossos alunos.
Por detrás dos números dos rankings há pessoas. Não percamos isto de vista.
Pedro Antunes Valente (Diretor Pedagógico)