O Departamento de Física e Química voltou a organizar, pela terceira vez, uma viagem ao CERN, depois de um interregno de três anos devido à pandemia.
Entre 21 e 24 de fevereiro, trinta e cinco alunos do 12.º ano e cinco alunos do 11.º ano acompanhados por quatro professores viajaram até à Suíça para visitar o CERN e outras instituições.
No primeiro dia visitaram a sede da ONU e o Museu Internacional da Cruz Vermelha. Na sede da ONU tiveram uma visita guiada, assistiram a plenários e visitaram várias salas importantes assim como a biblioteca da ONU. No Museu Internacional da Cruz Vermelha imergiram numa viagem sensorial, conheceram relatos de refugiados e o trabalho da Cruz Vermelha internacional. Nesse dia ainda jantaram em Genebra e regressaram a Nyon, cidade onde ficaram instalados durante os dias da visita.
No dia seguinte visitaram a EPFL (École Polytechnique Fédérale de Lausanne), uma das melhores escolas de engenharia do mundo. Visitaram, ainda, o edifício Rolex Learning Center (criado pelo atelier de arquitetos japoneses SANAA), um conceito de espaço diferente e que funciona como biblioteca e zona híbrida de trabalho. Durante a manhã visitaram, também, o SPC (centro de investigação em plasmas). Houve uma palestra sobre fusão nuclear e plasmas e foram guiados por alunos de pós-doc e doutoramento às instalações do reator nuclear. Foi feita uma visita ao Laboratório de Imuno Engenharia e design de proteínas, neste caso com a particularidade de o laboratório ser liderado por um professor português. Neste laboratório foram guiados também por alunos de pós-doc que lhes mostraram as instalações onde desenvolvem as culturas de estudam as proteínas criadas. Estas proteínas são criadas com recurso a modulação 3D e Inteligência Artificial e depois produzidas para investigação de doenças como o cancro.
Para finalizar o dia, visitaram ainda o Museu Olímpico e conheceram a história dos Jogos Olímpicos e os sacrifícios que os atletas fazem até chegar à competição olímpica.
No terceiro dia visitaram o CERN, em Genebra, tiveram uma palestra sobre a forma como se tratam os dados em cada colisão e visitaram uma exposição (Universe of Particles). Almoçaram no CERN e foram guiados por cientistas portugueses que mostraram o Synchrocyclotron, o primeiro acelerador de partículas e o Atlas (experiência ATLAS), a sala de controlo e um filme 3 D. Houve oportunidade para conversar e fazer perguntas aos cientistas.
No último dia foram até Genebra, visitaram a catedral e conheceram a cidade velha. No final do dia regressaram a Lisboa.
Mais do que o CERN, a viagem abriu horizontes dos alunos, pelo contacto que tiveram com os centros de tomada de decisões, pelas conversas com os cientistas e estudantes internacionais a trabalhar na EPFL e CERN e pela experiência que a viagem proporciona.